sábado, 18 de abril de 2009

Mando poema em que imito desavergonhadamente a Safo (se o Catulo pôde eu também posso). Só tentei criar algumas assonâncias. É um breve estudo de ritmo, pois a Safo era mestra em ritmos reiterados. Nada muito pretensioso. Aí vai:

Parece-me igual aos Deuses
aquela que a mim se inclina
e torce o dorso, o pescoço
torcendo os ânimos.

Quando ri, no peito o espanto
quer romper pranto, meu canto
se cala trançado a frêmito
do meu desejo

e me queima chama os membros
e a língua lassa se enrola
os olhos perdem as órbitas
ouvidos zunem...

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